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Moqueca de maridos: mitos eróticos indígenas: Mitos eróticos indígenas

Mitos eróticos indígenas

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HISTÓRIAS NARRADAS E TRADUZIDAS POR CONTADORES INDíGENAS E REUNIDAS POR BETTY MINDLIN NESTE RARO LIVRO DE AUTORIA COLETIVA Se há um expediente literário de que se valem as obras eróticas ocidentais, pelo menos desde o Renascimento, este é por excel ência o rebaixamento. Seja pelo emprego do léxico obsceno, seja pelas alusões de duplo sentido, seja pela imoralidade das imagens, essa operação da linguagem supõe sempre o deslocamento para um lugar simbólico identificado com o que é “baixo”. Trata- se, em suma, de uma escrita que submete toda experiência humana aos imperativos do baixo-ventre. Ora, para surpresa do leitor, os mitos eróticos narrados em Moqueca de maridos parecem prescindir dessa convenção dominante no moderno erotismo literári o. Por maior que seja a obscenidade de suas histórias, nada nelas sugere o trabalho de rebaixamento, o que concorre para a impressão de se estar diante de um mundo sem censura. Com efeito, o imaginário sexual indígena se impõe por uma liberdade de fa bulação que não encontra paralelo em nossa cultura. Longe de evocar uma visão idílica das práticas amorosas nas sociedades tribais, esse repertório inusitado coloca em cena figuras improváveis como homens menstruados, mulheres sem vagina, mães que d evoram os filhos, noivas que têm amantes artificiais, jovens que engravidam de vermes e até mesmo gente que copula com espíritos. Se esses mitos desconcertam é porque, neles, o sexo circula por todos os lados, transitando à vontade entre o profano e o sagrado sem observar qualquer hierarquia. Daí a perturbadora imagem da “cabeça voraz”, comum a diversas histórias, que subverte nossas convenções em torno do alto e do baixo corporal. Na mitologia indígena, o motivo capital surge para realçar a vi talidade física de um órgão insaciável, que só obedece aos impulsos da sensualidade. Assim concebida, a cabeça deixa de funcionar apenas como cosa mentale para ostentar sua condição de matéria, abrindo-se às inesgotáveis potencialidades do erotismo. Muitas são as boas surpresas que este livro notável, assinado por Betty Mindlin e narradores indígenas, reserva ao leitor. Sua leitura proporciona um novo entendimento acerca da vida erótica. Como, então, não se encantar com esse imaginário único, e m que de fato “o sexo sobe à cabeça”?
Autor(es):
Betty Mindlin
Dimensões:
1,9cm x 16,0cm x 23,0cm
Páginas:
322
Acabamento:
Brochura
ISBN:
9788577532988
Código:
256047
Código de barras:
9788577532988
Edição:
1
Data de Edição:
16/09/2014
Idioma:
Português
Peso:
450
  • Informações do produto Seta - Abrir
    HISTÓRIAS NARRADAS E TRADUZIDAS POR CONTADORES INDíGENAS E REUNIDAS POR BETTY MINDLIN NESTE RARO LIVRO DE AUTORIA COLETIVA Se há um expediente literário de que se valem as obras eróticas ocidentais, pelo menos desde o Renascimento, este é por excel ência o rebaixamento. Seja pelo emprego do léxico obsceno, seja pelas alusões de duplo sentido, seja pela imoralidade das imagens, essa operação da linguagem supõe sempre o deslocamento para um lugar simbólico identificado com o que é “baixo”. Trata- se, em suma, de uma escrita que submete toda experiência humana aos imperativos do baixo-ventre. Ora, para surpresa do leitor, os mitos eróticos narrados em Moqueca de maridos parecem prescindir dessa convenção dominante no moderno erotismo literári o. Por maior que seja a obscenidade de suas histórias, nada nelas sugere o trabalho de rebaixamento, o que concorre para a impressão de se estar diante de um mundo sem censura. Com efeito, o imaginário sexual indígena se impõe por uma liberdade de fa bulação que não encontra paralelo em nossa cultura. Longe de evocar uma visão idílica das práticas amorosas nas sociedades tribais, esse repertório inusitado coloca em cena figuras improváveis como homens menstruados, mulheres sem vagina, mães que d evoram os filhos, noivas que têm amantes artificiais, jovens que engravidam de vermes e até mesmo gente que copula com espíritos. Se esses mitos desconcertam é porque, neles, o sexo circula por todos os lados, transitando à vontade entre o profano e o sagrado sem observar qualquer hierarquia. Daí a perturbadora imagem da “cabeça voraz”, comum a diversas histórias, que subverte nossas convenções em torno do alto e do baixo corporal. Na mitologia indígena, o motivo capital surge para realçar a vi talidade física de um órgão insaciável, que só obedece aos impulsos da sensualidade. Assim concebida, a cabeça deixa de funcionar apenas como cosa mentale para ostentar sua condição de matéria, abrindo-se às inesgotáveis potencialidades do erotismo. Muitas são as boas surpresas que este livro notável, assinado por Betty Mindlin e narradores indígenas, reserva ao leitor. Sua leitura proporciona um novo entendimento acerca da vida erótica. Como, então, não se encantar com esse imaginário único, e m que de fato “o sexo sobe à cabeça”?
  • Especificações Seta - Abrir
    Autor(es):
    Betty Mindlin
    Dimensões:
    1,9cm x 16,0cm x 23,0cm
    Páginas:
    322
    Acabamento:
    Brochura
    ISBN:
    9788577532988
    Código:
    256047
    Código de barras:
    9788577532988
    Edição:
    1
    Data de Edição:
    16/09/2014
    Idioma:
    Português
    Peso:
    450